Momento Umbigo

Hoje estou com as emoções afloradas, e quando escrevo assim sinto que minhas palavras não saem imunes a essa emoção ...

mas como diz FP ...

"O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente ...".

Como estou tão longe de Fernando Pessoa quanto a lua está de nós, em termos de talento, peço desculpas pelo apelo e pelas emoções subliminares ( nem tanto) no que escrevo.

Ando meia cansada ...

A minha busca está muito estafante ...

Já dá tanto trabalho ser quem sou, agora ENTENDER quem eu sou é muito pior.

Exige um exercício mental intenso e entendo porque muita gente desiste, ou prefere nem saber. A ignorância as vezes é uma dádiva !!!

As vezes o meu dia termina sem eu ao menos lembrar de como ele começou, se é que ele de fato começou ou se é apenas um replay com a narração do Galvão Bueno ...

Faço um esforço pra trazer a mente as lembranças daquele exato momento que eu abri os olhos e o que eu fiz a partir daí ... Mas não consigo.

Muitas decisões nem passam pelo meu consciente, tudo vai saindo, vai se transformando na rotina louca que eu mesma me impus.

Quão aviltada eu fico quando percebo que eu sou minha maior algoz, mas por outro lado, eu sou a única que pode me libertar, a única que pode mudar meu próprio rumo.

Fácil falar, mas fazer ......

Não é como mudar um móvel de lugar e ver se fica bom, se não ficar, coloca no lugar de volta.

Nada disso, longe disso !!!

Primeiro que o móvel aqui, está tããããããão acostumado com o lugar que está que já achava que ali seria a sua lápide, e também porque não tem como arrastar esse móvel, e mesmo depois trazê-lo para o lugar de volta, e não deixar marcas no chão ...

Diria você : "Tudo tem seu preço".

Digo eu, seria melhor se eu fizesse um carnê das casas Bahia e comprasse um móvel novo, depois jogaria este fora ... simples assim, não acham ?